quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Tratamento Periodontal

A Periodontite é a inflamação que atinge os tecidos de proteção e sustentação dos dentes (gengiva, osso...). Mais agressiva que a gengivite, porque pode causar até mesmo a perda do dente se não for tratada, a periodontite pode ser silenciosa, ou seja, sem causar dor. Não há idade para o desenvolvimento da periodontite, que pode ser desde a puberdade (periodontite juvenil) ou em indivíduos com idade adulta ou mais avançada.
Como causa principal está o acúmulo de placa bacteriana nos sulcos gengivais, que possuem bactérias nocivas aos tecidos periodontais. Estudos relatam a hereditariedade para propensão à periodontite pela baixa imunidade à essas bactérias. Com a evolução do processo inflamatório, as fibras que dão sustentabilidade ao dente são comprometidas, o osso é atingido e um ou mais dentes ficam acometidos, podendo haver formação exudato seroso ou purulento, mobilidade dental, mal hálito, sangramento expontâneo ou provocado pela higienização, inchaço, vermelhidão, acompanhados ou não por dor.
O que muitos esquecem é que a boca não está separada do restante do corpo! Portanto, o fato de estar ENGOLINDO essas bactérias pode provocar infecções em outras partes do corpo como infecção de urina e está associada até mesmo à partos prematuros!
O tratamento está na remoção do tártaro (que é endurecido), da placa bacteriana e tecidos contaminados (tecidos de granulação) através de raspagem, profilaxia, alisamento das raízes para controle da infecção ou até mesmo uma cirurgia se faz necessário. O dentista pode ainda indicar antibioticoterapia e bochecho com colutórios bucais bactericidas.
O paciente tem que estar consciente e colaborar com as orientações prescritas pelo dentista para o sucesso do controle do quadro. Mesmo porque os retornos são de extrema valia  para estabilizar a perda óssea, manter o incentivo à correta higienização evitando o retorno do quadro inicial ou agravamento do mesmo.






sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Prevenção em Odontopediatria!

A hora de levar uma criança ao dentista às vezes é um dilema para os pais... Sabendo da ansiedade que muitos adultos possuem nas vésperas de uma consulta odontológica, acaba sendo um martírio pensar em levar as crianças para o mesmo sacrifício! Mas a realidade da odontologia dos dias atuais, trouxe com a tecnologia, maneiras mais simples, mais eficazes e rápidas, tornando os tratamentos cada vez mais satisfatórios e confortáveis. 
Baseados no que ouviram dos pais e avós no passado, muitas pessoas já vêm com idéias pré-estabelecias do que irão passar numa cadeira odontológica, e acabam passando tal concepção aos seu filhos, fazendo com que a "fama" de ir ao dentista seja uma coisa desagradável.
A medicina e a odontologia partem para um caminho mais conscientizador e preventivo, dessa forma os tratamentos acabam sendo menos honerosos e muito mais agradáveis. Prevenir é a palavra chave! Consultas periódicas evitam uma série de problemas futuros e aumentam a relação paciente-profissional dando mais segurança e confiabilidade nos resultados dos tratamentos.
Crianças que vão periodicamente ao dentista, além de manter a saúde bucal em dia, não sofrem de dores e não têm experiências ruins no tratamento odontológico. Além disso, sentem prazer e incentivo para a manutenção da higienização diária em casa, acabam sendo mais comunicativas com o próprio profissinal da área da saúde e aprendem que a visita frequente ao dentista faz parte da rotina de todos, não é um bicho de sete cabeças!



Pais que levam cedo seus filhos ao dentista estão zelando verdadeiramente pela saúde dos mesmos e tem coisa mais linda que um sorriso sincero de uma criança feliz?
Aqui vai um apelo: não descuidem da saúde bucal dos seus filhos, estarão poupando-os levando-os cedo ao profissional que tirará as dúvidas e fará a orientação necessária para cada caso. 
As crianças que estão adaptadas se sentem seguras e gostam, isso mesmo, GOSTAM de ir ao dentista!

 
Esta é a grande precompensa!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Quanto vale um dente extraído?

Pelo visto depende de quem era o dente...
Para uns é somente um dente, mas a verdade é que a perda de um elemento dental é o suficinete para desequilibrar toda arcada dentária, principalmente se não for colocado uma prótese ou implante no lugar. Os dentes nunca deixam de se movimentar; e se tiver um caminho livre os vizinhos e o antagonista tendem a se acomodar nesse espaço.
Agora a pergunta é a seguinte: Quanto vale um dente extraído? Mas o fato é mais uma curiosidade. Um molar de John Lenon foi leiloado por mais de R$54 mil em Novembro de 2011 e quem o arrematou foi um dentista canadense chamado Michael Zuk. Antes de morrer, no final da década de 60, John Lenon deu seu dente à empregada que trabalhava em sua casa para que ela jogasse fora ou desse à sua filha para guardar como lembrança. O dente não foi submetido a testes de DNA devido à sua fragilidade, porém graças à sua procedência acreditam na autenticidade do mesmo.
Imagem retirada do artigo abaixo

Caso queiram se distrair, aqui vão os links para leitura completa do artigo: http://www.rollingstone.com.br/noticia/dente-de-john-lennon-e-vendido-em-leilao-por-mais-de-r-54-mil/
http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/11/05/em-leilao-dentista-compra-molar-de-lennon-por-r-54-mil.jhtm

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Preciso extrair os meus dentes do siso?

Essa é uma das perguntas mais realizadas pela moçada, mas para saber a resposta, precisa ser feita uma avaliação pelo profissional. Não é regra que siso é sinônimo de extração. O que acontece é que grande parte não possui espaço para irromper ou são mal posicionados, porém muitas pessoas têm todos os dentes do siso presentes na arcada dentária. 
O problema é que por estar lá no fundão, a dificuldade do acesso durante a higienização para alguns pacientes, tornam os dentes do siso mais susceptíveis à cáries, gengivites e pericoronarites (inflamação que ocorre ao redor da coroa do dente - leia o post sobre pericoronarite).
Se você tem dificuldade em higienizá-los procure uma escova de dentes que seja macia, de cabeça pequena ou afilada na ponta, ou uma escova tipo unitufo que facilita o alcance. Outra dica é não deixar a boca exageradamente aberta na hora da escovação porque o músculo da bochecha fica estendido, o que dificulta a entrada da cabeça da escova entre a bochecha e o dente.
Há casos de agenesia dos dentes do siso (leia o post sobre agenesia), explicada pela teoria da evolução, que hoje em dia necessitamos menos desses dentes para a mastigação já que comemos os alimentos mais moles e processados. Para ter certeza se os sisos estão inclusos ou se é caso de agenesia, a radiografia panorâmica é fundamental.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Os Ruivos e o medo de ir ao dentista!

É isso mesmo!
Estudos comprovam que os ruivos dão mais difíceis de serem anestesiados e necessitam de maior quantidade de analgésicos, e como têm uma experiência mais dolorosa em consultórios odontológicos, acabam tendo mais medo e tedendo a cuidar menos dos dentes.
Tudo isso devido às pessoas que possuem uma mutação do gene MC1R serem mais resistentes à analgésicos e anestésicos. Uma pesquisa da ADA (American Dental Association) relatada na edição de Maio de 2011 que as experiências dolorosas no dentista fazem com que as pessoas ruivas tendam a cuidar 2 vezes menos os dentes em relação às morenas.
Outras pesquisas realizadas em 2004 e 2005 mostram que os ruivos necessitam de 20% a mais de anestésicos se comparados à morenos e loiros, além disso são mais resistentes à anestesia local e mais sensíveis à dor térmica.
Quanto a mim, que já atendi alguns pacientes ruivos e tenho uma irmã ruiva, posso dizer que meus resultados clínicos comprovam realmente as pesquisas. Necessitaram de maior atenção e amparo emocional, precisei utiizar maior quantidade de solução anestésica e os atendia em horários maiores para transmitir calma, segurança e aguardar um período maior para o anestésico fazer efeito.
Porém, pessoas morenas e loiras também podem tem uma variante do MC1R,  porém em uma proporção menor (pesquisa mostrou que 1/4 dos não-ruivos  tiram essa característica).
E para aqueles que pensam que os ruivos estão em extinção, aqui está o link de uma matéria, que ufaaaaaaaa, esclarece a erronea tese de que seriam extinguidos em até 2060!!!!
http://ciencia.hsw.uol.com.br/extincao-dos-ruivos.htm
Para vocês ruivos, não temam o tratamento odontológico, porque as visitas periódicas ajudam a prevenir problemas maiores, e há muitas técnicas para tornar o tratamento mais confortável.
http://www.maxillofacialcenter.com.br/cmsdiip/index.php/1/20-5-2011/88/ruivos-sentem-mais-dor-e-sao-dificeis-de-serem-anestesiados--diz-pesquisa.html
http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/ruivos-tem-mais-medo-de-dentista/

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Dente Natal ou Dente Neonatal

Os dentes dos bebês costumam aparecer na cavidade oral por volta do 6° mês de vida. Porém, há bebês que nascem com um ou mais dentes na cavidade bucal (geralmente os incisivos centrais inferiores) , sendo estes chamados de dentes NATAIS.
Já o dente que aparece em até 30 dias após o nascimento do bebê, é chamado de dente NEONATAL.
Ambos podem ser ser saudáveis e possuírem formato correto, porém se tiverem má formação (cônicos, amarelados...), má implantação e/ou serem amolecidos, devem ser avaliados pelo odontopediatra para verificar a nessecidade de remoção, intervenção (como o arredondamento de esmalte ponteagudo para não machucar o bebê) ou acompanhamento.
Tudo é levado em conta, até em mesmo bem-estar da mãe e do recém nascido, pois caso o dente seja mais ponteagudo, pode prejudicar a amamentação.
O fato de terem irrompido precocemente,  têm chance de não terem formação correta e de serem supranumerários (dentes a mais).
A visita ao odontopediatra será de grande importância até mesmo para orientar quanto à higienização bucal do bebê, independentemente de ter dentes presentes na cavidade bucal.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Pericoronarite

 Pericoronarite é a inflamação que, como o prórpio nome diz, ocorre nos tecidos que ficam ao redor da coroa do dente que está em processo de irrupção ou não irrompeu totalmente.
Os dentes do siso (terceiros molares) começam a irromper na cavidade bucal por volta dos 18 aos 25 anos de idade, e nem sempre vêm de maneira tranquila, pricipalmente se faltar espaço na arcada dentária para comodá-lo.
Os principais sintomas são inchaço (que pode piorar com o processo de mastigação), vermelhidão, dor localizada ou na região, podendo ocasionar trismo (dificuldade em abrir a boca), dificuldade em se alimentar (mastigar e até mesmo engolir), e dor na ATM (articulação temporomadibular).
A pericoronarite pode se desenvolver com o acúmulo de placa bacteriana e resíduos alimentares depositados sob o capuz (pedaço de gengiva que recobre parcialmente a coroa do dente que está irrompendo); com a mastigação de alimentos duros traumantizando os tecidos moles, e nas mulheres pode culminar com o período menstrual, quando a alteração hormonal pode ocasionar uma dilatação dos vasos sanguíneos e consequentemente aumento do inchaço da gengiva que circunda o dente.
Quando não tratada adequadamente, a pericoronarite pode evoluir para um processo infeccioso com o acúmulo de pus.
O que fazer então?
- O ideal é manter uma ótima higienização dos dentes e da coroa envolvida; e utilização de bochechos com antisépticos bucais como a Clorexidina (lembrando que ela deve ter a dosagem certa e deve ser utilizada por período determinado pelo dentista).
- Alimentar-se bem dando preferência à dieta pastosa e líquida enquanto tiver inchaço para não traumatizar ainda mais essa região.
- Já para o controle da dor e do processo inlamatório/ infeccioso, o uso de analgésicos, antiinflamatórios e antibióticos podem ser prescritos pelo cirurgião-dentista. Jamais faça uso de auto-medicação!
Após a regressão do quadro infeccioso, deve ser avaliada a necessidade de remoção desse capuz gengival através de uma pequena cirurgia, ou extração do dente se não houver espaço para ele conseguir irromper totalmete ou se o mesmo estiver em má posição.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Medo de Dentista


Quem não conhece alguém que tem medo de dentista? Infelizmente esse medo acomete muitas pessoas, geralmente àquelas que tiveram alguma experiência anterior desagradável ou conhece alguém que teve; ou que irão passar por algum procedimento diferente tendo medo do que ainda não conhece, por "ouvir falar" que é assim ou assado, e também pelos primórdios da odontologia. Isso mesmo, no início da odontologia os recursos eram limitados, coisa que hoje com a constante evolução os tratamentos tornaram-se muito mais confortáveis e satisfatórios. Mas a "fama" perdurou...
Primeiro passo para quem tem medo, é ir a um profissional que seja de sua confiança e expor a ele seus receios e suas experiências anteriores(caso já tenha passado por alguma). Tenho certeza de que ele irá compreender e estar preparado para acolher e amparar suas necessidades. Caso contrário, busque o profissional que se adeque a seu perfil. Existem ótimos profissionais que têm personalidade diferente, assim como em toda a profissão. A palavra chave é confiança, porque a segurança de colocar sua saúde em boas mãos já trás uma enorme tranquilidade. O ambiente agradável e o tratamento de toda a equipe fazem total diferença para que você esteja emocionalmente confortável para receber todo o cuidado necessário para o restabelecimento da sua saúde bucal.
Existem profissionais preparados para atender quem tem medo do dentista, dispondo de técnicas de relaxamento e ambientação, e muitos (ACREDITEM!), muitos pacientes que não conseguiam se tratar, saem satisfeitos, tranquilos e o que é melhor, muito felizes!
Por experiência própria posso afirmar que mais felizes do que eles, ficamos nós, que fomos escolhidos para a linda missão de cuidar e pela confiança depositada em nosso tratamento.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Eu não tenho o permanente? Agenesia.

Esse é um assunto pouco abordado, talvez por nem todos terem o conhecimento da possibilidade de não haver um ou mais dentes permantes em algumas pessoas. Pois é, o nome dessa ausência de formação do dente chama-se AGENESIA, e está muitas vezes relacionada à hereditariedade. 
Se você é uma pessoa que não extraiu o dente que simplesmente não "nasceu", pode pedir uma avaliação ao seu dentista e realizar uma Radiografia Panorâmica para comprovar a ausência, ou verificar se esse dente está incluso (por falta de espaço ou má posição, o dente permanece dentro do osso).
Pode haver agenesia de um ou mais dentes em uma mesma pessoa, e os casos não são tão raros assim. Somente no ano passado passaram por minhas mãos 3 pacientes que tinham falta de um ou mais dentes na boca e não passaram por nenhuma extração. Em alguns casos, o paciente pode ainda apresentar o dente decíduo (dente de leite) e nem se dar conta de que não era permanente.
Caso você realmente tenha alguma agenesia, tire suas dúvidas com o dentista para verificar qual o tratamento mais adequado, porque graças ao implante, por exemplo, consegue-se restabelecer a função mastigatória e a estética.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Fio dental é um dilema! Gengivite.

Pois é, caros amigos, grande parte das pessoas ainda deixam de empregar o fio ou fita dental em sua higiene bucal. Na verdade, essas pessoas nem imaginam que das cinco faces dos dentes estão deixando duas para trás ao apenas escová-los. As faces interproximais (onde um dente fica encostadinho com o dente vizinho), precisam ser higienizadas assim como as gengivas marginais. Hã?! Isso mesmo, aquela gengiva que fica entre os dentes têm por volta de 2mm, suficientes para acomodar restos alimentares e placa bacteriana.
Quando não higienizadas começam a sangrar, inchar e mudar de cor para um tom mais avermelhado de fácil sangramento e sensível ao toque, caracterizando a gengivite (inflamação gengival).

                                                                          Gengivite

Por isso, vale aquela velha frase que fica no mural do meu consultório: " Você não precisa passar fio dental em todos os dentes, somente naqueles que você quer conservar!".
No início como é uma mudança de hábito, você pode precisar passar na frente de um espelho e os pacientes que estão em tratamento ortodôntico podem ter uma preguicinha de passá-lo entre os braquetes, mas depois de um tempo eu lhe garanto que não conseguirá mais ficar sem. Não importa se você prefere fio ou fita, o mais importante é o uso contínuo.
Além da gengivite, o fio dental previne cáries entre os dentes e o mau-hálito.
Aproveite essa conversa para dar uma passadinha de fio dental nos dentes.
Você não vai perder seu tempo e sim ganhar em saúde!

domingo, 1 de janeiro de 2012

FELIZ 2012 !

Desejamos a todos vocês, pacientes, colegas, familiares, leitores, curiosos, um excelente ano, repleto de saúde, trabalho, conquistas e felicidade!
Estamos a todo vapor fazendo o possível para realizar nossa missão em restabelecer a  saúde bucal e a auto-estima de todos aqueles que nos procuram.
Um 2012 de muitos sorrisos para você!